segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Das ist mein Deutschland! (Esta é a minha Alemanha)

Um barril de chopp... é muito pouco pra nós!  
...Dois barris de chopp... é muito pouco pra nós!

Falem o que quiser dos alemães, mas eles sabem festejar!

De repente me deu uma saudade danada das Maifests! Chopp a rodo, salsichões (os famosos wurst), joelhos de porco (eisbein) assados girando no espeto, mostarda escura pra temperar, música animada, gente bonita... Ou seja, a festa perfeita!

Aqui em SP o lugar é o bairro do Brooklin, e a festa rola por volta de maio (sacou? Maio, Maifest...!) e outubro (não, não é a Oktoberfest, é a Brooklin Fest mesmo!).

Mas duas vezes por ano é muito pouco pra nós, então vou dar dicas de delícias da culinária alemã.

A minha especialidade é a Kartoffelsalat, ou Salada de Batata Alemã, pra simplificar. Essa é sucesso, de passar a receita pra quem come! 


Ingredientes
- 1 kg de batata
- 1/2 copo de vinagre
- 1/2 copo de água
- 2 colheres (sopa) de açúcar
- 2 cebolas médias
- sal a gosto
- 1 vidro pequeno de maionese


Modo de Preparo
Cozinhe as batatas com casca e sem sal. Depois de cozidas, descasque ainda quentes e pique em quadrados grandes. Pique as batatas sobre as cebolas picadinhas em uma vasilha funda.
Depois, salpique o sal e o açúcar. Leve o vinagre e a água para amornar e regue as batatas. Mexa. As batatas devem estar bem molhadas. Se precisar, acrescente mais um pouco de água morna. Coloque a maionese e mexa bem, sem deixar as batatas desmancharem. Leve à geladeira. (fonte: www.cybercook.terra.com.br)



O salsichão é um pouco difícil de achar. Eu compro no Mercado Municipal do Rudge Ramos, em São Bernardo. Também encontro a Weisswurst, que é o salsichão branco com ervas, no supermercado Sonda. Aliás, o Sonda vende outra delícia, que é o joelho, ou einsbein, já pronto, assadinho.

Prepare o salsichão em uma chapa de cozinha ou grelha. Lembre: é uma salsicha, não uma linguiça, já está cozido por dentro, então é só dar uma grelhada. 

O einsbein pode ser comido aos pedaços puro ou no pão, com vinagrete. A salada de batata acompanha tudo. Para beber, o famoso chopp ou o típico suco de maçã!

Você deve estar pensando: e o chucrute??? Bem, o sauerkraut (que é o verdadeiro nome alemão do conhecido "repolho azedo") eu experimentei e não gostei não... Então, nada a declarar.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Você quer ser livre? Não quer ser livre?



Do you wanna be free?
Do you wanna be free?
Do you wanna be free?
Don't you wanna be free?
Don't you wanna be free?
Don't you wanna be free?


It's confusing these days!
But moondust will cover you

Como ser livre se temos apenas uma vaga noção do que nos oprime? Como ser livre se sabemos muito bem o que nos oprime mas uma força invisível nos impede de ir contra ela?
Na verdade, a liberdade está diametralmente condicionada ao futuro. É impossível ser livre porque é impossível saber o futuro. 
It's really pissing me off!!!
Beltane in my body, beltane in my soul.
Posso ser um ser da floresta agora?
Posso?
Então eu correria, saltaria, brigaria, me feriria, cruzaria, porque - oh - porque os bichos da floresta não sabem o que é o futuro. (Por isso eles não têm leis morais?) Eles simplesmente - e veja que lindo é isso - são!

mais bicho e mesnos humano

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Space Oddity (David Bowie)



Ground control to major Tom
Ground control to major Tom
Take your protein pills and put your helmet on
(Ten) Ground control (Nine) to major Tom (Eight)
(Seven, six) Commencing countdown (Five), engines on (Four)
(Three, two) Check ignition (One) and may god's (Liftoff) love be with you




This is ground control to major Tom, you've really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now it's time to leave the capsule if you dare


This is major Tom to ground control, I'm stepping through the door
And I'm floating in a most peculiar way
And the stars look very different today
Here am I sitting in a tin can far above the world
Planet Earth is blue and there's nothing I can do


Though I'm past one hundred thousand miles, I'm feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell my wife I love her very much, she knows


Ground control to major Tom, your circuits dead, there's something wrong
Can you hear me, major Tom?
                                          
                                            Can you hear me, major Tom?
                                                                                        
                                                                                        Can you hear me, major Tom?
                                                                                                                                    
                                                                                                                                   Can you hear...




 
Here am I sitting in my tin can far above the Moon
Planet Earth is blue and there's nothing I can do



quarta-feira, 25 de maio de 2011

O silêncio

In Silence - Chiharu Shiota

"Nós, os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio."

Kent Nerburn - "Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder"

quarta-feira, 18 de maio de 2011

As queer as a clockwork orange


Da Wikipedia:
O Tratamento Ludovico é uma representação artística do fenômeno psicológico conhecido como condicionamento clássico, processo descrito pelo fisiólogo russo Ivan Pavlov. O processo envolve a apresentação repetitiva de um estímulo neutro, que não há reação no organismo, juntamente com algum outro estímulo excitador ou repressor, até que a associação seja construída. Na história [Laranja Mecânica], quando o tratamento é aplicado no protagonista Alex DeLarge, ele é estimulado a associar seu mal-estar à violência.

Das duas, uma: ou Burgess estava muito errado quando escreveu Laranja Mecânica, ou estava muito certo.

Se bem me lembro, eu vi o filme e li o livro, mas lembro mais do filme, já que aquelas expressões que o autor inventou acabam ficando muito chatas até o fim. O filme do Kubrick mostra um futuro em que um grupo de jovens pratica sexo e ultraviolência em doses mais ou menos iguais, regado pelo Moloko, um leite que dava barato, apesar da aparência inocente. Abordavam belas garotas, interessadas ou não, e batiam em velhinhos com bengaladas. Além de usarem roupas que deixariam a Gaga morrendo de inveja!


Alex deLarge, o líder, depois de tanto aprontar, é preso e submetido ao famigerado Tratamento Ludovico, que como explica a Wikipédia, apresentava uma sucessão de imagens de sexo e violência, que a princípio agradam Alex, mas depois acabam por deixá-lo perturbado, incomodado.

Ao final do tratamento, a sociedade vence! Alex está totalmente curado da maldição de seu ímpeto: castrado de seus instintos, ele mal consegue tocar uma moça nua, dignamente postada diante dele. Sente aversão até da sinfonia de que mais gostava, usada estrategicamente no tratamento.


Alex deLarge é o homem do século XXI. O homem sem ímpeto:
  • Politicamente correto
  • Avesso à violência 
  • Trabalhador
  • Liberto de seus instintos
  • Desmotivado ao sexo
  • Inerte
  • Receptivo a tudo que lhe é imposto
  • Recluso e temeroso
Humano?